sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Minha Música ou Meu Louvor?

Há mais ou menos um ano eu tenho reparado nas músicas que tenho escutado por aí. Na verdade sempre tive ligação com música desde minha conversão ao cristianismo, mas só nesse período eu tenho percebido o que tem acontecido com as letras das canções do mundo “gospel”. Mas vamos por partes.
Sabe aquela música que você escuta e se indentifica logo por causa da letra (algumas vezes por causa da melodia quando se trata de música internacional) e da circunstância que você está vivendo no momento? Aquela que bate diretamente com suas emoções e que te faz muitas vezes chorar, lembra? Isso mesmo, é aquela música que você costuma dizer que é sua, porque você vai conseguir, porque você é vencedor(a), porque você vai mudar o rumo da sua vida. Pois bem, o Eu… quero dizer, esse tipo de música tem entrado no meio cristão e tem crescido de maneira absurdamente grande.
Acho que não é novidade pra ninguém que letras de canções assim têm estourado no mercado fonográfico gospel. O que me entristece é que são letras que versam sobre o próprio Eu, que em vez de serem usadas para engrandecer a Deus e exaltar a soberania dEle, dizem que Ele nos engradecerá e que Ele vai me dar porque Eu quero.

MINHA MÚSICA
Literalmente elas são as SUAS músicas, pois como você pode dizer que a música é de Deus se só as palavras “eu”, “me”, “mim” e “meu/minha” aparecem dez vezes mais que o nome de Deus? (e olhe que Deus tem muito mais nomes que nós).
Eu quero de volta o que é meu
Será o filho pródigo pedindo as coisas pro pai? (Lc 15.12)
Usa-me agora. […] Quero ver tuas promessas cumprirem-se ainda nessa geração
Eu estou mandando em Deus?
Remove a minha pedra, me chama pelo nome, muda a minha história
Jesus deixou bem claro que ressuscitou Lázaro para a glória de Deus e não humana.
Eu sei que chegará minha vez, minha sorte Ele mudará diante dos meus olhos
Quanto eu numa frase só! Deus que opera em nós tanto o querer quanto o efetuar.

Além de outras infinitas canções com “meu milagre vai chegar”. Bom tocar nesse assunto porque o tema milagres também é bastante utilizado nas NOSSAS músicas. É engraçado que mesmo nos dias de hoje as pessoas ainda se comportam como algumas pessoas no tempo de Jesus, seguindo-o apenas por causa dos milagres que Ele pode fazer e não por quem Ele é.

MEU LOUVOR
Quando entendermos que a música não é para nós e sim para aquele que nos criou, e cantarmos em forma de adoração e não petição (que está mais para ordenança), aí estaremos louvando e deixando de ter nossa música, para ter nosso louvor.
Lembrando: louvor é a Deus e não a nós ou às bênçãos que Ele pode nos dar. ELE, ELE, ELE. O FOCO TEM QUE SER ELE.
Eu realmente admiro muito bandas internacionais porque suas letras sempre exaltam o nome de Deus, e quando eles se referem ao eu (agora com “e” minusculo) é para declarar a dependência que temos com Deus. São letras onde o Eu  passa a ser  eu e ele volta a ser Ele na nossa vida.
Não é que eu condene ou julgue as músicas pelo fato da palavra “eu” e seus relativos estarem presente nelas. É simplemente pelo modo como esses termos são utilizados, e no nosso louvor eles têm uma conotação bem diferente comparados à nossa música.
Porque eu não cedo, nem retrocedo,
Estou decidido e não volto atrás […]
Eu sou um santo lutando contra o pecado […]
Eu quero ser santo porque Santo é meu Senhor
Esses dois primeiros versos são perigosos se utilizados para expressar um querer egocêntrico, mas, como vemos depois, o querer dele é ser santo como Deus é.  (1Pe 1.16)
Tudo que eu quero é poder Te adorar […]
Só quero Te adorar, preciso Te adorar, permita-me Te adorar
Viu quanta dependência? Pedir permissão para adorar ao Pai. Quem dera todos pedissem permissão para pedir algo a Deus em vez de exigir logo algo dele.
Eu quero me esvaziar de mim
Preciso comentar?
Eu vou contar o meu milagre pra que o nome do Senhor seja louvado
Esse é o pensamento que deve se ter quando se trata de milagres.

Não confunda minha música com meu louvor. Quando estiver cantando algo pare e reflita no que você está pronunciando.
E que o Eu diminuia para que Ele cresça em nós.

Eric Leuthier

2 comentários:

  1. de fato temos de diminuir o nosso ser pq Ele tem masi nome do q a gnete, néah
    uahsuas
    adorei essa parte (;
    post legal amigo, mas aumenta essa fonte gato (;
    xêrooooo;*

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  2. Amém.
    É bem interessante perceber que realmente há essa "síndrome do eu" e que mesmo discratamente (ou não) o humanismo tem invadido o meio gospel.
    Mas bom saber também que pessoas como o Eric se preocupam com isso. Tô contigo!!
    Abração.

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