Porque agora? Ainda não estou pronto, não me sinto confortável. Cada vez que prevejo acontecer, o tremor retorna a minha mão. Consegue ver essas gotas de água derramadas sob meus pés? São culpa sua. Quem mandou me deixar assim?
Porque pensar desse modo? Já começo a ter minhas dúvidas
sobre o que pensar exatamente sobre você, ora de um jeito, ora de outro. Não
posso afirmar com exatidão se o fator mutável e inconstante se adequa mais aos
meus pensamentos ou ao seu temperamento. Ainda assim, sou chata, bato o pé e
faço bico, mas prefiro não deixar pegadas antes de dar os primeiros passos.
Saber esperar é a virtude que o tempo faz questão de desenvolver.
Aliás, já me sinto íntimo com o Senhor Tempo. Temos nossas concordâncias e nossas
desavenças, mas já me convenci de que ele não é um inimigo, pelo contrário, muitas das novas perspectivas que tenho eu devo a ele. (Obrigado, Sr. T, você é incrível!)
Voltando. Não estou com pressa e não vejo motivo para alguém
aqui estar. Não adianta forçar, já aprendemos que tracionar além dos limites
arrebenta a corda e ambas as extremidades são atingidas - lembra como doeu daquela
vez? Por favor não se esqueça novamente.
Não quero mais argumentar. Não que eu tenha desistido de
você (Deus sabe como isso não é verdade), só acredito que não compete a mim te apresentar
a algumas convicções. O Sr. T sabe fazer isso melhor do que ninguém e prefiro
confiar essa função a ele mesmo. Enquanto isso, fico te esperando, mas não se engane
porque enquanto espero, eu caminho e meu caminho pode já não ser mais o seu.
Mas não se preocupe, não podemos ficar distantes por muito tempo, com certeza
nossos caminhos se cruzarão novamente e aí você vai reconhecer que nem tudo é
como você quer.
Pacientemente,
Razão.
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