terça-feira, 19 de novembro de 2013

Vírgula

No escuro, um vazio.
Em meu peito, uma dor.
No caminho, tempo frio.
Na cabeça, um grande amor.

Sobre a face, uma lágrima.
Entre os dedos, uma flor.
À tristeza, seja anátema.
Aos meus olhos, uma cor.

Cinza cobre, cinza prata.
Sim, já cego, sem rumor.
Sempre aberta, sente a farpa.
Na ferida, um tremor.

Entre os anos, entram tempos.
Entre os tempos, esperança.
Menos dor, mais sentimento.
Pela vida, salta e dança.

Com sorrisos, mais amigos.
Nos olhares, compaixão.
Os momentos, mais vividos.
Aos meus dias, emoção.

No amor, o tempo é rei.
Na alegria, é bonança.
Na ganância, o tempo é lei.
Nos humildes, é criança.

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